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Uma semana com um V3


Escrito por Motorola

Caio Alves trocou o seu Moto G (3ª Geração) e passou uma seman inteira com o antigo V3, sabia como foi essa experiência.

Quando foi lançado, em 2004, o V3 revolucionou o universo dos celulares com seu design fino e sofisticado, além de recursos inovadores para a época, como o display secundário na parte externa do aparelho (que já permitia que o usuário fizesse selfies), a câmera VGA, Bluetooth e a sensação da época: os toques polifônicos. O V3 até acessava a internet por meio do navegador WAP. De lá para cá, muita coisa mudou, certo?

Hoje em dia, parece impossível viver com um smartphone que não tenha internet 4G, fotos e vídeos com alta resolução e tela sensível ao toque. Mas como seria “voltar no tempo” e adaptar a rotina a uma tecnologia de 12 anos atrás? O designer da Comunidade, Caio Alves, de 24 anos, foi em busca dessa resposta e trocou seu Moto G (3ª Geração) por um V3 durante uma semana!

Quer saber como foi essa experiência? Caio conta tudo a seguir.

“Que pequenininho!

Desde que peguei o V3 para testar, o que me chamou a atenção foi o corpo do aparelho. A leveza, a ergonomia e, principalmente, a sensação de nostalgia das pessoas ao vê-lo.Tive nada menos do que dois V3 na minha adolescência – herdados do meu pai – e, confesso, me sentia muito chique na escola.

Com o celular em mãos, o primeiro desafio foi fazer meu SIM card funcionar. O celular comporta o chip-padrão, que parece enorme pra quem está acostumado com as variações nano e micro.

Depois de resolver isso e salvar os contatos mais importantes, eu já estava fazendo ligações, o que talvez seja a parte mais divertida do aparelho. Confesso que criei vários diálogos mentais em que brigava com alguém só pra poder desligar fechando o flip depois de uma frase de efeito – estilo é tudo, mas não briguei com ninguém na vida real, ok?

Uma pena que hoje em dia as pessoas façam bem menos ligações. Recebi pouquíssimas delas, e adoraria ter recebido mais, pois a cereja do bolo dessa experiência foi a cara das pessoas ao meu redor quando ouviam esse ringtone aqui.

A abstinência

Não consegui nenhuma forma oficial de instalar aplicativos em Java – a tecnologia-padrão da época –, então não consegui nem xingar no Twitter, nem postar no Facebook. WhatsApp? Pode esquecer!

Confesso que precisei de muita força de vontade pra não ‘roubar’ nessa experiência. Não receber emojis da minha mãe ou perder o registro do que renderia um insta maravilhoso dói no coração. O sábado no karaokê, evento que praticamente PEDE pra entrar no Snapchat, ficou registrado só na memória.

Pensando no lado mais prático, a telinha no lado externo do flip não deixou sentir tanta saudade do Moto Display. Ver a hora e conferir as SMS por lá também foi um charme.

Falando em SMS, redescobri os saudosos jogos por SMS popularíssimos nas operadoras durante os anos 2000. Não sei como adivinharam que eu estava usando meu pequeno V3, mas capricharam no túnel do tempo.

Aparentemente a zoeira não tem fim.

Embora o aparelhinho suporte conexão EDGE, a maioria dos sites mobile hoje não está mais compatível com o browser do aparelho, e a maneira mais fácil que encontrei para transferir minhas fotos foi pelo bluetooth. Funcionou muito bem!

Ainda sobre tirar fotos, foi um processo divertido e frustrante ao mesmo tempo. É muito fácil fazer tudo com uma mão só, mas é necessário bastante luz para que as fotos fiquem boas. A característica talvez mais divertida e que cativou todo mundo ao meu redor foi a capacidade de fazer selfies usando o display externo. V3 já previu tendências.

Não consegui nenhuma obra de arte, mas diria que a câmera VGA ajuda a manter o mistério disfarçando algumas imperfeições da pele.

OK Google, me acorde às 9h!

Eu sou um grande adepto dos comandos de voz. E tenho o hábito de, diariamente pedir pro meu smartphone (um Moto G 3ª Geração) me acordar no horário desejado. Sempre tive um pouco de preguiça de programar despertadores, confesso, e a falta do comando de voz gerou uma certa desistência. Acordei mesmo foi com o gato pulando em mim.

Ainda sobre hábitos pré-sono, minha sessão diária de Instagram, que inclui ver o feed de mil pessoas, entre conhecidas e algumas que nunca vi na vida, foi substituída por algumas rodadas do maravilhoso Block Breaker Deluxe, o que foi bem nostálgico, uma vez que esse jogo era muito presente durante minhas aulas de química na escola.

Sempre te amei.

Além de eu pegar no sono mais rápido, me livrei do risco de pagar o mico de dar like sem querer numa foto de 6 meses atrás de um semidesconhecido. Fora que com bem menos exposição à luz azul do display antes de dormir, tive mais qualidade no sono.

A conclusão

Ficar longe de algumas redes sociais cria uma sensação paradoxal de isolamento e pertencimento. Acabei interagindo mais com o que estava ao meu redor e falando com as pessoas ao meu lado, enquanto me sentia completamente alienado sem saber por exemplo o que a Kendall Jenner aprontava em seu Snapchat.

As mudanças de hábito pelas quais passei usando uma tecnologia de 12 anos atrás, ainda que por um curto perídodo, me trouxeram um questionamento à la ovo vs galinha: nosso hábitos mudaram em detrimento das novas tecnologias ou foram elas que evoluíram para acompanhar as necessidades humanas mais primitivas?

Um pouco dos dois, talvez. Não adianta ter a tecnologia mais recente se as pessoas que você ama ainda não estão lá para compartilhar a experiência. A rede social mais nova não é ninguém sem que as pessoas a usem, e o hardware mais avançado não tem graça se ele não cria uma interação com quem está ao seu lado, ou do outro lado do mundo.

A volta

Depois de um mar de notificações (que só não travaram meu celular graças ao processador quad-core do meu Moto G \o/) e de me atualizar nos feeds de Instagram de todo mundo, voltei à vida “normal”.

Socorro!

Não sei se sentirei saudades de usar o V3, mas ele, sem dúvidas estará sempre em meu coração, e pelo que entendi depois dos olhares e comentários de quem me viu com ele, no coração de um monte de gente.”

Agora, a Moto se prepara para revolucionar mais uma vez o mercado mobile com o Moto Z e os Moto Snaps. Saem a câmera VGA, os toques polifônicos e o display externo; entram a câmera com foco laser, o Snap JBL® SoundBoost e o Snap Insta-Share Projector, trazendo novos recursos para facilitar nossa rotina, que, claro, não é mais a mesma de 2004. Snap é realmente o novo flip. 😉

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