A história é escrita todos os dias, a cultura é construída de diferentes formas e, hoje, a inclusão digital pode eternizar esses conhecimentos. Mateus Wera, liderança indígena, conta sobre a importância da tecnologia nesse cenário.
E quando o assunto é usar a tecnologia para gerar impacto na sociedade, a Motorola tá on. Agora, os smartphones Motorola possuem a opção de escolha dos idiomas indígenas Kaingang e Nheengatu, nativos do Brasil.
Como as histórias devem ser contadas por quem as vive, conversamos com o ativista, educador, fotógrafo e liderança indígena, Mateus Wera. Com a vontade de expor a diversidade, a beleza e as batalhas do seu povo, ele falou sobre a importância da inclusão digital nos dias de hoje.
Menos distâncias e mais perspectivas
“A sociedade desde sempre disse que devíamos nós, como indígenas, nos integrar à sociedade moderna, mas nunca aceitou essa integração. Por isso, sempre procuramos mostrar que evoluímos também”, comenta.
Segundo Mateus, a tecnologia trouxe muitos acessos, perspectivas e novas aberturas ao povo indígena: “Muitos do nosso povo hoje trazem por meio da tecnologia a história não contada do Brasil, trazem as histórias de todos os povos mostrando que existimos e resistimos”.
Ele também conta que estar conectado virtualmente torna possível mais encontros com parentes em todo o Sul e Sudeste do país. Toda a diversidade do seu povo pode estar mais visível e acessível, além de ampliar a comunicação de pessoas distantes que compartilham a mesma luta.
A comunidade de hoje e do futuro
O ativista e educador comenta sobre seu trabalho social ensinando fotografia, com oficinas de audiovisual para jovens e adultos, em busca de tentar “tirar o que há de melhor dentro deles”. O projeto também tinha como objetivo tornar a comunicação uma forma de entendimentos dentro da comunidade. “A forma como é feito todo esse trabalho, junto com a cultura, a esperança e principalmente a espiritualidade, faz que se mostre e seja feito tudo aquilo que nossos mais velhos sempre ensinam sobre a cultura, sobre como isso deve ser levado mais pra frente”.
Para Mateus, os mais jovens levarão essa herança ainda mais longe: “Desde que comecei a fotografar, procurei sempre trazer a imagem da criança como uma forma de mostrar o futuro de nosso povo, porque são eles que irão levar nossa luta daqui pra frente”.
“Acho que a sociedade deveria ter a sensibilidade de olhar os indígenas como alguém que procura sempre manter, resistir e existir principalmente, procurando o prazer da vida”, conta Mateus, e finaliza: “Procurar saber a história, procurar saber o porquê das lutas, o porquê de toda essa batalha. Queremos que a sociedade nos enxergue como alguém que só quer proteger a vida nesse mundo que chamamos de lar”.
O mundo digital tem o poder de reduzir distâncias, tornar a comunicação mais acessível e ampliar causas muitas vezes menosprezadas. Todas essas possibilidades potencializam a voz e a luta de milhares de indígenas no Brasil. A Motorola já está participando desse debate. E você?