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Girls Rock Camp Porto Alegre: música que empodera!


Escrito por Motorola

Conheça a história do evento que incentiva a participação de mulheres na música

Guitarra, bateria, baixo, teclado… quem nunca sonhou em pegar num desses instrumentos para formar uma banda com os amigos na garagem de casa? Muitas meninas já tiveram esse desejo na infância, mas não raro deixaram essa ideia para lá por falta de incentivo.

Mas essa realidade está mudando em Porto Alegre, graças à iniciativa de mulheres do mundo da música. Nós do Hello Moto conversamos com algumas das organizadoras do Girls Rock Camp PoA, projeto que trabalha o empoderamento feminino e encoraja as garotas a se envolverem com o universo musical, confira!

Um acampamento diurno só de meninas

Show da primeira edição do Girls Rock Camp Porto Alegre, em 2017. Foto: Divulgação.
Show da primeira edição do Girls Rock Camp Porto Alegre, em 2017. Foto: Divulgação.

O Girls Rock Camp é um projeto internacional que nasceu em 2001 nos EUA, em Portland, com o objetivo de fortalecer a autoestima de meninas e ajudar na construção de lideranças femininas, utilizando a música como ferramenta. Em 2013, um grupo de mulheres que havia tido contato com a experiência americana trouxe o acampamento para o Brasil, que aconteceu pela primeira vez em Sorocaba/SP.

Júlia Barth, uma das organizadoras do projeto, conta como o acampamento foi parar em terras gaúchas: “O Camp de Porto Alegre é coordenado por um coletivo de mulheres, algumas já foram voluntárias de várias edições em SP, mas em 2016 fomos até Sorocaba em um grupo grande, focadas na ideia de aprender para executar o projeto aqui também”, explica.

Oficina de Instrução de guitarra, Girls Rock Camp Porto Alegre 2018. Foto: Divulgação
Oficina de Instrução de guitarra, Girls Rock Camp Porto Alegre 2018. Foto: Divulgação

O plano deu certo e em 2017 aconteceu a primeira edição do Girl Rock Camp Porto Alegre, formando seis bandas com cerca de 30 meninas de 7 a 17 anos, e a segunda edição já aconteceu em janeiro deste ano. O acampamento é diurno, ou seja, as meninas não dormem lá, e conta com aulas de instrumento e oficinas que estimulam o empoderamento e a cooperação entre garotas, como as de defesa pessoal e comunicação não-violenta.

Durante cinco dias, as participantes do acampamento aprendem a tocar um instrumento, montam uma banda e criam composições próprias, que são apresentadas para a comunidade no sexto dia em uma casa de shows local. “Tudo isso com professoras e ‘oficineiras’, profissionais mulheres de diversas áreas das artes, que trabalham voluntariamente durante todo o processo”, conta Julia.

Relação com a cidade

Não é de hoje que Porto Alegre desenvolve uma relação íntima com o rock’n’roll, foi lá que surgiram bandas renomadas como Cachorro Grande e Engenheiros do Hawaii, para citar as mais conhecidas. Mas, através desses mesmo exemplos de bandas completamente compostas por homens, podemos notar como a participação feminina era baixa e sub-representada.

Mas isso não significa que as mulheres roqueiras não existiam, pelo contrário, Julia nos conta que quando as musicistas se encontram percebem o quanto são numerosas e por isso organizam o Girls Rock Camp, para incentivar mais garotas a se envolverem com música, desconstruindo a ideia de competição entre mulheres na cena roqueira da cidade.

Campistas e voluntárias reunidas no Girls Rock Camp Porto Alegre 2018. Foto: Divulgação
Campistas e voluntárias reunidas no Girls Rock Camp Porto Alegre 2018. Foto: Divulgação

Outra organizadora do evento, Liege Milk, diz que o acampamento tem sido bem recebido pela cidade: “A comunidade tem sido muito receptiva, e cada vez mais envolve-se com o projeto, comparecendo aos eventos e participando, identificando-se com nossos ideais e apoiando nosso trabalho”, relata.

Para Julia, a experiência na capital gaúcha impactou positivamente a região, fazendo surgir outros eventos que trabalham o empoderamento feminino, como o Festival Vênus em Fúria, que acontece bimestralmente e reúne cerca de 6 a 8 bandas femininas por edição, ajudando na divulgação e também contribuindo para a arrecadação financeira do GRC PoA: “Se existe uma ‘cena’ atualmente em Porto Alegre, as mulheres são as responsáveis por ela estar viva, ponho minha mão no fogo”, completa.

Para sentir um pouco o gostinho de como é o acampamento, confira o vídeo abaixo e veja depoimentos das campistas que já participaram, dos pais e voluntárias que ajudam na organização:

Quer saber mais? Então curta a página do facebook do Girls Rock Camp Porto Alegre e visite o site do acampamento. Para ler mais matérias como essa, não deixe de visitar a aba #HelloCidades do Hub Hello Moto.

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