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As novas fronteiras da arte digital


Escrito por Motorola

Palco da Bienal de Arte Digital, Belo Horizonte se destaca quando o assunto é futuro da tecnologia

O computador como suporte artístico. Essa é a premissa básica do que se costuma chamar de arte digital, formato que tem a tecnologia como linguagem predominante. São 30 anos dessa expressão artística no Brasil, sendo Belo Horizonte um dos principais expoentes do movimento.

“BH sempre teve vocação para a videoarte, com nomes como Eder Santos e Patrícia Moran, e uma relação forte com a contracultura digital. Então a gente já vinha bebendo de uma água mais fresca nessas últimas décadas, com alguns desses artistas virando professores de universidade e implementando a ideia de narrativas com mídias. Isso influenciou uma geração que passou a desenvolver trabalhos nessa linha, tanto na área acadêmica quanto na comunicação, arte e produção de softwares”, explica Tadeus Mucelli pesquisador e idealizador da Bienal de Arte Digital.

Bienal de Arte Digital no MAP

Linguagem híbridas

Promovida pelo FAD – Festival de Arte Digital, a primeira edição da Bienal teve abertura em fevereiro deste ano no Rio de Janeiro e seguiu para Belo Horizonte no mês de abril. Com o tema “linguagens híbridas”, o evento propõe uma reflexão profunda sobre arte, tecnologia e seus impactos na sociedade atual, quebrando barreiras entre produções científicas e artísticas. “Pra gente é um orgulho fazer uma exposição sem óculos de realidade virtual”, completa Tadeus sobre o caráter mais contemplativo da mostra.

A programação foi composta por obras de 20 artistas de países como Alemanha, Reino Unido, EUA, Chile, Itália e Brasil, selecionadas entre 675 projetos inscritos. Os assuntos explorados vão desde biotecnologia a processos de robótica e inteligência artificial.

Três mineiros foram contemplados na triagem, entre eles Aline Xavier, com a instalação “Jequi Trap”. Na obra, ela materializa um artefato indígena que só existia em acervo digital de três maneiras: em escala real, em escala 3D e em holografia, oferecendo a possibilidade de circundar o objeto. Um verdadeiro trabalho de preservação de patrimônio cultural através do uso criativo da tecnologia.

 

“Jequi Trap”, de Aline Xavier, em escala real

Leandro Aragão foi outro mineiro com trabalho exposto na bienal. Na obra “Improviso Ambulante” ele investiga o fenômeno da improvisação e da maneira brasileira de lidar com a precariedade de recursos. Para tanto, criou um documentário que ganha vida na exposição através de um vídeo-objeto de estética improvisada.


O curta-metragem “Improviso Ambulante”, de Leandro Aragão

Já a mineira Ana Moravi traz uma reflexão sobre gestos, ritos, transcendência e fragilidade do corpo através de uma incrível videoinstalação chamada “Antarabava”.

Registro de “Antarabava”, por Anna Moravi, feito com o Moto 360 Camera do Moto Z

Para ir um pouco mais a fundo na cena mineira de arte digital, o #hellocidades encontrou Tadeus Mucelli para um tour pelo MAP, um dos locais onde aconteceu a Bienal. Também conversamos com o Duo Lumia, projeto da pianista Joana Boechat com o artista visual Henrique Roscoe. Com a união entre piano e imagens projetadas, eles buscam aproximar novos públicos da música erudita, criando uma relação complexa e singular entre tradição e inovação.

Nesse bate-papo em vídeo, Henrique e Tadeus apontam ainda novos caminhos para a era pós-digital através, entre outras coisas, do elo entre o digital e o analógico. E, sim, as tendências podem ser mais otimistas do que os retratos pintados nas séries e filmes de ficção. Entenda mais dando o play:

Está ligado no futuro da tecnologia? Então não deixe de fazer seus próprios registros e compartilhar suas aventuras com o #hellocidades. Nos vemos por aí!

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