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Gleba do Pêssego: redescobrindo a cidade com o audiovisual


Escrito por Motorola

Conheça o coletivo audiovisual que agita as quebradas de São Paulo

Formado por pessoas de diferentes bairros da periferia da cidade de São Paulo, o coletivo Gleba do Pêssego surgiu como forma de transformar um sonho em realidade: fazer audiovisual. Vindos do Grajaú, Heliópolis, Artur Alvim e outras regiões, esse jovens se encontraram durante um curso no Instituto Criar e perceberam que a união potencializava suas possibilidades de existir nesse meio que ainda hoje é pouco acessível para quem vem das quebradas.

Carol, Asaph, Oliv, Leo, Guilherme, Gabriel, Tati e Joyce são os oito integrantes da Gleba. “Um dos nossos principais cunhos é sempre abordar questões sociais através do audiovisual. A gente começou com filmes, curta-metragens, e ultimamente a gente está tentando abordar novas formas de vídeo, como fashionfilms e clipes”, conta Carol sobre os objetivos do grupo.

Em 2015, o primeiro trabalho do coletivo foi o curta metragem “Translúcidos” (veja o trailer aqui), que nasceu como projeto de TCC de um dos integrantes: “É um curta metragem sobre a patologização das identidades trans. É uma ficção, ficção quase documental”. O trabalho seguinte, o curta “Menarca”, se passa nos anos 1970 e também traz importantes reflexões, contando a história da primeira menstruação de Luiza e todos os tabus culturais que as mulheres enfrentam com essa questão.

Após se inscreverem em festivais e ganharem editais, os jovens da Gleba se aventuram por outras linguagens e realizaram o seu primeiro ensaio fotográfico para a divulgação do grupo, além de lançarem suas plataformas no Instagram e Facebook, criando um canal de diálogo com o público mais amplo.

Mas a atuação do coletivo não se limita a esses espaços. Convictos da necessidade de levar o conhecimento adquirido nos cursos e trabalhos para suas comunidades, a Gleba está sempre em busca de uma conexão real com as pessoas, organizando exibições de seus filme e debates nos bairros de que vieram.

Para eles, o audiovisual é mais do que um simples “hobbie”, é uma ferramenta com a qual transformam e redescobrem a realidade à sua volta, seja conhecendo as diferentes periferias em que cada um vive, seja levando para esses lugares um outro olhar, o olhar sensível daqueles que sentem na pele a dor de ser excluído e discriminado por ser um “corpo estranho” em qualquer lugar, o olhar da Gleba do Pêssego.

Veja o vídeo abaixo para saber um pouco mais e não deixe de conferir outras matérias da comunidade Hello Moto!  

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