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O poder do movimento que transforma


Escrito por Motorola

Em 2014 nascia um projeto de sucesso que conectou a dança africana com a descolonização do corpo feminino e a força política que o rebolado pode ter. Criado por Taísa Machado, o Afrofunk já leva no nome suas principais vertentes e, há mais de cinco anos, carrega os mais diferentes ensinamentos do poder do movimento. O Hello Moto conversou com Taísa para ouvir a história por trás do projeto.

Ligada à dança desde pequena, a carioca viu sua perspectiva mudar quando conheceu o grupo Tá Na Rua, que mudou sua visão sobre o corpo. Sempre se sentindo fora do padrão, Taísa descobriu mais sobre as possibilidades corporais com a dança e o teatro e percebeu que parâmetro nenhum a impediria de se sentir bem consigo mesma.

“Foram muitas transformações de lá pra cá, principalmente porque sempre me senti meio bruta, fora do padrão. E quando danço, acabo me conectando com algum tipo de energia feminina, me sinto sensual e poderosa. Acho que por isso escolhi viver de dança, pra sentir isso o máximo de tempo possível no meu dia a dia”.

Em 2014, após sair do grupo de teatro e se ver desempregada, Taísa resolveu aplicar seus estudos em danças afro diaspóricas em aulas que divulgou nas redes sociais. O que parecia ser uma ideia sem tanta pretensão se transformou em um movimento reconhecido, e ela explica a importância em difundir essa cultura. “Era e continua sendo um momento de expansão das mulheres, principalmente as negras, e é importante que todas as nossas potencialidades sejam reconhecidas. Rebolar é uma realidade na cultura africana totalmente conectada com a ideia de saúde física, mental e espiritual”.

 

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Uma publicação compartilhada por Taisa Machado ☆ Afrofunk Rio (@chefonamermo) em

Peça fundamental para o sucesso do Afrofunk, a internet não só ajudou na divulgação e crescimento do projeto, como levou Taísa a conhecer diferentes culturas para suas aulas. “Estudo danças da Tanzânia, Jamaica, Colômbia… mas não conheço nenhum desses lugares pessoalmente. Esse encurtamento das distâncias e o acesso livre são muito poderosos. Amo a internet e poder estar ativa nesse espaço amplia meus sonhos”.

Sobre os aprendizados do projeto até aqui, Taísa reforça o poder da conexão e da transformação. “A cultura preta ensina que todos os corpos podem brilhar e que todo saber pode ser transmitido pelo movimento. É uma linguagem avançada, que rompe muitas barreiras, posso dançar com você sem saber falar a sua língua. E estamos num momento de transformação social, entendendo o mundo de maneira mais diversificada. A dança é isso: individualidade e coletividade, diversidade e singularidade, tudo junto e misturado”.

A Taísa mostrou que com paixão e movimento, um projeto pode sair do papel e se transformar em algo a mais. Se você gostou da trajetória dela, o Hello Moto te convida para acompanhar mais histórias como essa que compartilharemos aqui nos próximos meses no #VocêQuerVocêTem. E se a sua vida também dá uma boa história, também queremos conhecê-la, conta pra gente!

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