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A esquina que Porto Alegre adotou


Escrito por Motorola

Já mostramos algumas vezes aqui no #HelloCidades matérias que demonstram o quanto os porto-alegrenses gostam de estar na rua. Na capital dos gaúchos, não é nada incomum encontrar aglomerações em frente a bares, baladas e lanchonetes — mesmo depois que encerram o horário de funcionamento a galera continua curtindo na calçada, até que a massa se disperse. A esquina do Boteco Cheiki, sem dúvidas, é o maior exemplo disso.

A calçada fica pequena para a multidão que, toda sexta-feira, comparece ao encontro da Rua José do Patrocínio com a Av. Loureiro da Silva, área limítrofe entre a Cidade Baixa e o Centro Histórico. “Quem não frequenta o bar, ou nem consome aqui, vem para ficar na esquina, porque sabe que vai dar movimento”, conta Wagner Bertoletti, há dois anos dono do Cheiki. “Na quinta-feira é uma coisa. Na sexta é outra.”

Na quinta-feira, mood tranquilo no Cheiki. Na sexta, a esquina explode
Na quinta-feira, mood tranquilo no Cheiki. Na sexta, a esquina explode

 

O fenômeno se dá por uma junção de fatores. Uma onda de fiscalizações em 2018 na Cidade Baixa, bairro mais boêmio de Porto Alegre, deixou órfãos de rolê os frequentadores da rua João Alfredo, que sempre lotava aos finais de semana. Quase que simultaneamente, o Boteco do Paulista, tradicional point de esquina do Centro Histórico que também reúne muita gente ao redor, fechou para reformas. A localização de fácil acesso e, claro, o litrão de cerveja a dez reais do Cheiki vieram muito bem a calhar para preencher esta lacuna.

 

Muitas amizades já nasceram nas noites do Cheiki. É o caso de Tatiane e Jéssica
Muitas amizades já nasceram nas noites do Cheiki. É o caso de Tatiane e Jéssica

 

As amigas Tatiane Mendes, 22, Jéssica Calage, 24, migraram da João Alfredo para o Cheiki. Inclusive, se conheceram lá e, toda sexta, é certo que irão ao menos dar uma passada para ver como está o rolê. “É o único local de PoA que se pode ficar na rua, beber uma ceva, encontrar gente diferente”, afirma Tati. O bar fica aberto nos finais de semana até as 2h da manhã. Não raro, o movimento na calçada dura até às 4h.

 

Diversidade, cerveja barata e junção de tribos dão o brilho do Cheiki
Diversidade, cerveja barata e junção de tribos dão o brilho do Cheiki

 

Para Wagner, a frequência da galera se sustenta por conta do respeito à diversidade disseminado no bar. “As pessoas que frequentam aqui não sofrem nenhum tipo de preconceito. Isso é algo que eu sempre defendi. Sempre fiz questão que os locais que eu mesmo frequentasse não tivessem nenhum tipo de discriminação, de racismo, de homofobia. Aqui é um lugar onde as pessoas podem se sentir à vontade”, ressalta.

Esporadicamente, o Cheiki é requisitado para sediar os mais diversos tipos de eventos. Exposição de brechó, largada de corrida de bicicleta, saraus, batalhas de rap, karaokê, DJ set e música ao vivo.“O bar é muito aberto às ideias, é muito diversificado. Se querem fazer evento aqui e for uma proposta legal, é só falar comigo e combinar”, alinhava Wagner.

E você, o que tem feito para se reconectar com Porto Alegre? Não deixe de compartilhar seus rolês com as hashtags #hellocidades e #helloPoA. Nos vemos por aí!

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