#hellocidades
hellopoa

Festival Porongos celebra jovens artistas negros de Porto Alegre


Escrito por Motorola

O Hello Moto acompanhou a primeira edição do evento de música negra independente

O Festival Porongos levou, na noite de 19 de setembro, véspera da data em que se comemora a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, o trabalho de artistas negros da música independente para o Bate, casa de shows da Cidade Baixa, em Porto Alegre.

Com o respaldo de grupos do movimento negro para realizar o evento, Thaise Machado, 28 anos, e a publicitária Daniele Rodrigues, 27, assinam a produção, que reuniu nomes conhecidos na cena musical porto-alegrense. “Foi massa para nós ver o poder da articulação. É isso: temos que nos articular para fazer as coisas acontecerem, senão acaba ficando cada um no seu canto”, expõe Dani.

A festa começou com Camila Toledo encarnando covers de artistas negras consagradas, seguiu com a pegada eletrônica da jovem cantora Saskia, as rimas da MC Negra Jaque e o groove de Sara Nina, com a banda Ivy King. Antes, entre e depois dos shows, a negritude foi celebrada noite adentro com a discotecagem da DJ Suelen Melo.

Reconhecida no cenário do rap gaúcho, MC Negra Jaque foi uma das atrações do Festival Porongos. Crédito: Vitória Macedo
Reconhecida no cenário do rap gaúcho, MC Negra Jaque foi uma das atrações do Festival Porongos. Crédito: Vitória Macedo

O nome do festival remonta à emboscada do Massacre de Porongos, episódio da Revolução Farroupilha em que os soldados dos Lanceiros Negros foram desarmados previamente a mando de seu comandante, Davi Canabarro, e em seguida “pegos de surpresa” por tropas imperiais. Homenagear os antepassados, enxergar a história por outro viés e proporcionar uma noite de desfrute em que negros são maioria compõem a mistura do evento.

A cantora Saskia é uma das jovens expoentes da música negra independente de Porto Alegre. Crédito: Vitória Macedo
A cantora Saskia é uma das jovens expoentes da música negra independente de Porto Alegre. Crédito: Vitória Macedo

“Estamos pensando sobre uma questão que vem de uma dor, que é o massacre, mas estamos celebrando a nossa existência também. As coisas não vêm separadas. A gente existir hoje, por si só, já é resistência”, destaca Daniele. Além das duas produtoras, ao todo, foram 12 artistas negros sob os holofotes.Pessoas importantes do movimento negro de Porto Alegre compareceram, até pessoas mais velhas, uma responsa para nós bem grande”, dimensiona Thaise.

Thaise e Daniele passaram a produzir os rolês que gostariam de frequentar, e o Porongos é um exemplo disso
Thaise e Daniele passaram a produzir os rolês que gostariam de frequentar, e o Porongos é um exemplo disso

Em novembro, haverá uma edição reduzida do Festival Porongos junto à Marcha do Orgulho Crespo, na capital gaúcha. A ideia para as próximas edições é ter estrutura o suficiente para realizar o evento em espaço público, a céu aberto. Acompanhe as novidades do festival e da música negra independente feita em Porto Alegre pela fanpage oficial.

POSTS RELACIONADOS

motostyle
geek

Agenda cultural: o que vem por aí em 2020

motostyle
geek

As novidades da Lenovo Tech World 2016