Iniciativas de economia colaborativa tem conquistado os mineiros
Compartilhar. O verbo tão presente nas redes sociais tem mudado as relações de consumo também offline na capital mineira. É a chamada economia colaborativa, que foca em atender às necessidades de cada um e não no acúmulo de produtos. Empresas que adotam esse princípio, como a Uber e o Airbnb, já mostraram que há potencial comercial para esse tipo de prática. Belo Horizonte segue essa tendência em vários outros ramos da economia. Além oferecer serviços mais em conta, as novas formas de consumo também possibilitam experiências diferenciadas entre os moradores e a cidade. Em parceria com o #hellocidades, projeto da Motorola que promove novas maneiras de olhar para os lugares onde vivemos, fomos conhecer iniciativas de economia colaborativa na capital mineira.
Com mais de 4 mil usuários em BH, o Allugator é uma plataforma de aluguel de produtos que vão desde uma câmera fotográfica até uma bicicleta. O CEO da startup, Cadu Lemos, explica que o “Mercado Livre do aluguel” permite a conexão das pessoas e a criação de novos laços interpessoais. “Tem uma dupla de usuários que, religiosamente, aluga um do outro toda semana! É bem comum recebermos comentários dos usuários elogiando a gentileza ou simpatia da outra parte”, diz.
Outra startup belorizontina é a Shippify. A empresa de entregas por bicicletas, carros, motos e vans possui mais de mil empresas cadastradas e quase 50 mil entregadores. Através do cruzamento de informações de localização, o aplicativo possibilita entregas mais rápidas e baratas e uma nova relação com a cidade. “BH é uma grande pequena cidade. Cada dia você vai conhecer um lugar novo da sua própria cidade, vai explorar, redescobrir e viver a cidade de outra forma. Entre uma entrega e outra, é possível conhecer muita gente e perceber que pequenas atitudes podem mudar a forma como vivemos e interagimos com a cidade”, destaca a gerente de comunicação, Gabriela Cardoso.
Look compartilhado
O Armário Compartilhado é uma loja de locação de vestidos de festa que tem como principal diferencial a origem das peças: os vestidos locados vêm das próprias clientes, que ganham um percentual do valor a cada vez que a roupa é alugada. Na loja, além de poder experimentar os cerca de 700 vestidos, a cliente também encontra um ambiente descontraído e de respeito às mulheres. “Ao devolver os vestidos, as clientes querem contar sobre os eventos, mostrar fotos de como estavam lindas e fazem a maior festa com a gente. Além disso, a loja é gerida pela Margareth, que ajuda as clientes a definirem cabelo e maquiagem, escuta e dá conselhos.”, conta uma das sócias, Juliana Almada.
Preocupação social e ambiental
Os alimentos agroecológicos (sem agrotóxicos) produzidos por uma família na zona rural de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, abastecem 105 residências na capital. Os chamados co-produtores contribuem com uma quantia fixa para o pagamento dos agricultores e, em troca, recebem uma cesta com o que é colhido no sítio. A iniciativa do CSA Minas permite que os agricultores tenham uma renda mensal fixa e que os consumidores coloquem na mesa verduras de qualidade, conhecendo melhor a relação do homem com a terra.
O presidente do CSA Minas, Julio Bernardes, ressalta que o co-produtor precisa entender que não é uma questão puramente econômica. “É importante entender o ritmo da natureza e da produção agroecológica. O consumidor tem que se reeducar e consumir o que a natureza está dispondo e não encontrar tudo o que quiser no supermercado. É uma relação diferente de consumo. É preciso entender dificuldades, como o controle de pragas, e valorizar o trabalho do produtor”, diz.
Gostou das iniciativas? Conheça mais sobre esses e outros projetos no hub hellomoto.com.br. Espalhe a notícia nas redes sociais usando a hashtag #hellocidades e aproveite a oportunidade para repensar suas formas de consumo e melhorar sua relação com BH.