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A moda desacelerada de Recife


Escrito por Motorola

Conheça três marcas da capital pernambucana que estão inseridas no movimento slow fashion

A moda está vivendo um período de grandes mudanças. Indo na contramão de uma produção em larga escala, marcas pequenas e independentes estão investindo em processos mais lentos e sustentáveis.

Esse movimento, intitulado slow fashion, traz a preocupação com o tempo de confecção e com as condições de trabalho de quem está envolvido, tendo em mente o impacto no meio ambiente e o respeito com o consumidor final.

Assim como boa parte das grandes capitais do Brasil, Recife tem visto o surgimento de pequenas marcas que propõem essa moda mais desacelerada. Conheça três delas.

Estamparia criativa

A D.uas Design, marca das designers Marina Viturino e Lia Tavares, tem sua força e identidade nas estampas, criadas de forma exclusiva por uma equipe interna. Após a criação, elas terceirizam a impressão dessas estampas nos tecidos das coleções e a costura.

“Toda a produção das peças é feita por confecções dentro do Recife, por costureiras que já viraram parceiras da marca. Sabemos exatamente quem faz cada peça e acompanhamos de perto todas as fases de corte, costura, escolha dos materiais e acabamentos”, conta Lia.

Imagens da Campanha da D.uas Design
Imagens da Campanha da D.uas Design

Além de não abrirem mão do acompanhamento das etapas de produção, as designers também têm consciência da importância da forma de descarte de resíduos. “Em sete anos de empresa, nunca descartamos nossas sobras de tecido, utilizamos tudo ao máximo, evitando desperdício, e as sobras utilizamos para forros de acessórios estampados e, mais recentemente, fizemos uma coleção inteira a partir desses resíduos (parceria com a Re-Roupa)”.

Na hora de criar, a inspiração vem de vivências e, claro, a cidade acaba influenciando muito. Não raro, temas da cultura local são bastante explorados na estamparia. “Foi o caso da coleção Anunciação, baseada no Movimento Armorial, ou Caminhos do Recife, que fizemos em parceria com outras duas marcas também locais (Trocando em Miúdos e Calma Monga). Mesmo em temas mais globais, a referência à nossa produção e formação é muito forte. As cores, o cheiro, as formas da arquitetura, as pessoas, tudo acaba influenciando no processo criativo. Temos muito orgulho de ser uma marca feita por mulheres pernambucanas“, finaliza.

D.uas Design investe em estamparia criativa e autoral
D.uas Design investe em estamparia criativa e autoral

Moda vegana

Seguindo o mesmo caminho, a Calma Monga!, das sócias Gabriela Fiuza e Lianna Saraiva, cria bolsas, mochilas e outros acessórios com materiais originais e sustentáveis.

Desde seu surgimento, em 2008, a marca levanta a bandeira de um comércio local, justo e consciente. Tudo é criado e produzido no Recife, sem a utilização de matéria-prima de origem animal.

Os produtos podem ser comprados online ou na loja colaborativa RosAmarela.

As bolsas da Calma Monga! são feitas sem matéria-prima de origem animal

Feito à mão no Nordeste

Com um trabalho feito por artesãos locais, a Vitalina confecciona sapatos, sandálias e bolsas em couro legítimo, na sua maioria de caprinos.

As peças são inspiradas na mescla entre a realidade urbana do Recife e as origens sertanejas das pessoas que compõem o departamento criativo. “Vendemos cultura e tradição. Não só pelas características presentes no trabalho do couro, na paisagem do sertão, no laço criado ao longo desses anos, mas sobretudo pela metáfora perfeita do que a marca representa: a ligação entre a tradição sertaneja e o urbano contemporâneo”, resumem Carol Dreyer e Rodrigo Cavalcanti, os nomes por trás da Vitalina.

Carol Dreyer e Rodrigo Cavalcanti, os sócios da Vitalina
Carol Dreyer e Rodrigo Cavalcanti, os sócios da Vitalina

Para eles, a moda sustentável é uma realidade que veio para ficar. “O slow fashion e o sustentável existem para mudar a maneira de consumir. As pessoas estão cada vez mais preocupadas de onde vem o produto, quem faz e como faz. A Vitalina utiliza e valoriza a mão de obra local, gerando emprego e renda, além de fornecer produtos personalizados”, finalizam.

Gostou? Então veja também como anda o movimento slow fashion em Porto Alegre. E não deixe de compartilhar suas experiências pela cidade com as hashtags #hellocidades e #hellorecife.

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