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Phone-life balance: fim dos likes x ansiedade


Escrito por Motorola

Após 5 meses do término dos likes no Instagram, surge a pergunta: como as pessoas estão lidando com essa mudança? Afinal, mudou muita coisa? Conversamos com dois heavy users de redes sociais, Dudu Guimarães e Caio Locci, para entender como eles estão equilibrando o uso do aparelho a partir de agora.

De acordo com uma pesquisa realizada na Inglaterra, pela Royal Society for Public Health, 70% dos jovens entre 14 e 24 anos desenvolveram ansiedade e depressão devido ao uso frequente das redes sociais.

 

 “Eu acho que as pessoas se tornaram escravas do like. É como aquele episódio de Black Mirror onde as pessoas são constantemente avaliadas. Estamos deixando de ser pessoas pra virarmos um conjunto de números, seja quantos seguidores você tem, quantos retuítes você ganha ou quantos likes suas fotos rendem”, Caio Locci.

 

Fim dos likes: o fim de uma era?

Para o social media, Dudu Guimarães, o fim dos likes representa o “começo de uma época que as pessoas se sentem mais à vontade para postar o que elas quiserem, não o que elas acham que as pessoas querem ver”. 

Pensando na relação do usuário com as pessoas que ele gosta de seguir, essa mudança pode interferir nos conteúdos que ele irá postar. A partir do desprendimento com os likes, as pessoas ficam mais à vontade para mostrar o seu próprio conteúdo, diz Dudu.

 

Dudu Guimarães, social media e heavy user de redes sociais
Dudu Guimarães, social media e heavy user de redes sociais

 

O analista de eventos Caio Locci disse que ficou bem animado com a retirada dos likes no Instagram. “Eu tenho minhas dúvidas se as pessoas continuariam sendo as mesmas, se não houvesse mais como saber quantos seguidores ‘fulano’ tem ou quantos likes sua selfie trouxe”. 

Apesar de termos dado um primeiro passo para mudanças de comportamento nas redes sociais, ainda podemos melhorar muita coisa. Segundo Caio, por enquanto não foi possível perceber uma diminuição no uso do aplicativo por conta do like. 

“Talvez ainda haja muito o que se fazer pra melhorar isso. Os donos dos perfis continuam com acesso ao número de curtidas, então acho que ainda rola um alimento pro ego”, expõe Caio.

 

Caio Locci, analista de eventos e digital influencer.
Caio Locci, analista de eventos e digital influencer.

 

Menos redes sociais, menos ansiedade e mais equilíbrio

Cada pessoa encontra a sua melhor forma de phone-life balance. Mas, o fato é que o fim dos likes contribuiu para mudar o comportamento dos usuários. Dudu conta que prefere muito mais fazer stories do que post em timeline. 

“Acho que meu conteúdo é mais completo conversando e falando coisas do que com uma foto na timeline. Mas, eu já postei algumas fotos de paisagem depois que o like sumiu, coisa que eu não fazia antes, porque realmente não engajava (risos)”.

 

 

Caio encontrou outras formas de equilibrar o uso das redes sociais, como baixar jogos e frequentar menos o feed, tanto de fotos quanto de notícias. Esse afastamento ajudou no controle da sua ansiedade. 

“Tenho me irritado com o comportamento das pessoas nas redes sociais e, para não virar o ditador de regras, achei melhor me afastar. Mas não vivo sem, só diminui. O conteúdo das minhas publicações continua o mesmo, uma vez que sempre fiz mais por mim do que pelos likes”, conclui. 

E você, quer mais dicas para equilibrar o uso de smartphone? Então, clique aqui e veja nossos conteúdos de phone-life balance.

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