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Olá, humano!


Escrito por Motorola

Os mecanismos por trás da inteligência artificial

A inteligência artificial é um tópico que permeia a cultura popular contemporânea há algumas décadas, notadamente desde a chegada dos computadores, nos anos 50 e 60.
A noção de que é possível mecanizar o pensamento humano é fascinante, e inspira a ficção, do terror às comédias.

Hoje, assistentes digitais, comandos por voz e gadgets espertos são a apresentação dessas tecnologias que fazem o trabalho por nós de maneira proativa.

Da forma mais simplificada possível, a inteligência artificial funciona da seguinte maneira: alimentamos os programas com dados sobre um determinado assunto (imagens, palavras, comportamentos, sons) e o software é capaz de identificar padrões e, a partir daí, improvisar e tomar decisões. Essa técnica é conhecida como deep learning. Um simples programa de inteligência artificial que joga xadrez, por exemplo, é alimentado com as regras do jogo e diferentes estratégias para que saiba o que fazer a cada jogada.
Tarefas específicas são fichinha para os sistemas com o poder de processamento que temos hoje: operar cirurgias delicadas, pilotar aeronaves e carros autônomos… Até aí, tudo certo, mas o que vemos nos filmes são robôs aptos a entender nossos sentimentos e necessidades de maneira efetiva – e muitas vezes com autoconsciência. O que falta para chegarmos lá?

Um dos grandes desafios está no desenvolvimento do diálogo natural, déficit que separa a realidade da fantasia. Robôs são inteligentes à sua maneira, mas ainda não são páreo para as nossas incrivelmente complexas técnicas de comunicação. Esse é nosso aspecto mais marcante como espécie, e o que nos permitiu construir uma sociedade com diferentes culturas. Somos inerentemente sociais.

Computadores entendem bem palavras, e as tecnologias de reconhecimento de voz estão cada vez mais precisas, embora ainda engasguem na hora de entender diferentes sotaques – quem nunca se pegou tendo que falar de uma forma mais “robótica” para ser entendido por um assistente digital?

Uma das peças mais importantes que faltam nesse quebra-cabeça da proficiência no entendimento mútuo é a aptidão dos sistemas em decifrar o que o corpo fala. Quando crianças, aprendemos por repetição, emulando o que os adultos dizem, e aos poucos aprendemos a interpretar sinais, como expressões faciais e linguagem corporal, para que possamos reagir de acordo.

Atualmente, os softwares não são capazes dessa proeza, e esse é o objetivo da criação do Panoptic Studio (estúdio “pan-óptico”) da universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia – Estados Unidos. Por meio da captura dos nossos movimentos em 360 graus e a construção de uma base de dados grande o suficiente, os softwares poderão começar a entender e interpretar como nos expressamos com toda a riqueza de detalhes.

Um exemplo que você pode testar, o Quick, Draw! do Google. É uma I.A. capaz de identificar rabiscos, em forma de jogo. Quanto mais os usuários brincam, mais dados o software tem para se tornar melhor na sua tarefa. Identificar símbolos e imagens é outro fator importante na melhoria da interação entre nós e esses sistemas.

Personagens como Baymax de “Big Hero 6” (2014) e Robot de “Robot & Frank” (2012) seriam tangíveis.

Fundamentadas nessas tecnologias, as possibilidades são infinitas.

Androides que acompanham idosos, enfermeiros ou robôs que auxiliam crianças com dificuldade de aprendizado de forma autônoma poderiam se tornar realidade. Mais funções seriam automatizadas e teríamos tempo para fazer coisas que realmente importam.

Ensinar máquinas a se comunicar como pessoas tem alguns problemas em potencial. Em 2016, o chatbot Tay aprendia o que os usuários do Twitter falavam para conversar com eles. Resultado: a falta de filtros e a má-fé de alguns usuários transformaram Tay, até então um “cara” legal, em uma máquina de ofensas impublicáveis em apenas 24 horas, e isso levanta questões sérias sobre que tipo de dados podemos fornecer a uma inteligência artificial sem causar problemas.

Na ficção: Ultron, uma inteligência artificial desenvolvida para salvar o mundo, se torna consciente e se volta contra a Humanidade. © Marvel.

Não temamos, porém: o futuro da I.A. é brilhante, e estamos cada vez mais próximos de uma geração de máquinas capazes de (quase) tudo que imaginamos nas séries e filmes. No futuro, homem e inteligência artificial serão inseparáveis, e esses avanços, claro, virão cheios de questões éticas que serão resolvidas em seu tempo.
Se um dia os computadores serão bons o suficiente para substituir os seres humanos? Apostamos que não. O nosso maior trunfo, afinal, está nas imperfeições – coisa que eles não têm.

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