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A revitalização do quarto distrito de Porto Alegre


Escrito por Motorola

Conheça iniciativas que estão mudando a cara da antiga zona industrial da capital gaúcha

 

Se há uma região efervescente em Porto Alegre, com certeza é o quarto distrito. A antiga zona industrial da cidade ganhou novos ares a partir de iniciativas de empreendedores e criativos que, de uns anos para cá, têm movimentado uma verdadeira recriação da região.

O entorno, cheio de casebres antigos e ruas de pedra, deu espaço para o nascimento de um distrito criativo, vibrante em eventos e programações culturais e engajado em se fortalecer enquanto comunidade.

ntre as avenidas Farrapos e Cristóvão Colombo, uma gama de negócios movimenta o lazer e a indústria criativa
Entre as avenidas Farrapos e Cristóvão Colombo, uma gama de negócios movimenta o lazer e a indústria criativa

 

A região, que engloba os bairros Floresta, São Geraldo, Navegantes, Farrapos e Humaitá, abrigou boa parte das principais indústrias no início do século XX, atraindo moradores e o funcionamento de pequenos comércios. A partir da década de 1970, as grandes empresas começaram a migrar para outras regiões do Rio Grande do Sul e o distrito, antes bem frequentado, foi adquirindo ares de abandono.

Seja por uma localização acessível para diversos pontos da cidade, seja por aluguéis mais em conta do que os bairros mais visados, o quarto distrito de Porto Alegre atraiu olhares de pequenas iniciativas empreendedoras ao longo dos últimos anos. A exemplo do que faz o Vila Flores, organismo vivo de empresas que já mostramos por aqui. Ateliês, oficinas e cafés engajam os moradores na repaginação da região.

O antiquário Mundaréu é uma das atrações do quarto distrito, pertinho do Vila Flores
O antiquário Mundaréu é uma das atrações do quarto distrito, pertinho do Vila Flores

 

A revitalização chega através de incentivo à empresas de inovação se instalarem na região e de uma gama de pequenos empresários interessados em dialogar com a urbanidade e o sentido de pertencimento do bairro. “Existe uma comunidade de pessoas empenhada em fazer coisas legais por aqui. E, além disso, ajudar uns aos outros. Não conheço outro lugar de Porto Alegre em que esta colaboração entre os negócios aconteça tanto”, conta o empresário Rodrigo Sandri, dono do antiquário Mundaréu, localizado na rua Hoffmann, nº 500. Ele chegou na região por acaso, porque precisava de um galpão grande o suficiente para abrigar a infinidade de itens da loja.

Público adepto das antiguidades acaba conhecendo os outros negócios do entorno, e vice-versa
Público adepto das antiguidades acaba conhecendo os outros negócios do entorno, e vice-versa

 

“O público que vem aqui para comprar antiguidades acaba interagindo com os outros negócios que tem em volta”, comenta Rodrigo. Não só em volta, como no mesmo logradouro. No andar de cima do antiquário fica o Instituto Pacífico, uma iniciativa dos irmãos Felipe e Bárbara Rech. Ele é professor de meditação e ela, consteladora familiar. Ali, eles promovem um espaço de transformação pessoal e despertar para dentro de si. “O clima de criatividade e efervescência do entorno combina com o Pacífico”, afirma Felipe.

Empreendimentos de todo tipo que compõem essa mistura cultural. Em um passeio se encontra a loja de bicicletas Vila Velô, o bar e casa de shows Agulha, a Casa da Música, e o hub de inovação Fábrica do Futuro.

Longe da gentrificação, negócios buscam valorizar as características do bairro e se integrar
Longe da gentrificação, negócios buscam valorizar as características do bairro e se integrar

 

Continue acompanhando o Hello Cidades para aproveitar ainda mais a vida em Porto Alegre. Nos vemos por aí!

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